São as duas expressões corretas. A concordância pode fazer-se com o núcleo do sujeito da frase – «um milhão» – ou com as palavras que acompanham esse núcleo – «de portugueses».
Sobre a concordância com expressões nominais que incluam numerais como «uma centena de...», «um milhar de...» ou «um milhão de...», observa-se na Gramática do Português da Fundação Calouste Gulbenkian (2013, pp. 942/943):
«[...] a concordância pode fazer-se quer com o numeral quer com o nome que denota o domínio da quantificação, e as duas construções têm o mesmo grau de aceitabilidade para a generalidade dos falantes. Essa dualidade torna-se visível quando o nome que denota o numeral é singular e o nome que denota o domínio da quantificação é plural, como se ilustra a seguir:
[...] [Um milhão de euros ] desapareceu/desapareceram de uma agência bancária. [...]
Esta variação reflete duas estruturas sintáticas possíveis para o sintagma nominal complexo com a função de sujeito. Admite-se que é o nome nuclear de um sintagma nominal que desencadeia a concordância verbal. Assim, [no exemplo] acima, a concordância singular corresponde a uma estrutura em que o núcleo sintático do sintagma nominal complexo é o numeral, ao passo que a concordância plural corresponde a uma estrutura em que o núcleo do sintagma nominal é o nome que denota o domínio da quantificação.»